Amamentar é um dos atos mais potentes e íntimos da maternidade. É entrega, é alimento, é vínculo. Mas, apesar de toda a beleza que envolve esse momento, muitas mães enfrentam dores físicas e emocionais durante a amamentação — e se sentem em silêncio, com culpa ou solidão.
Se você está passando por isso, respira. Você não está sozinha. A dor não é normal, embora seja comum. E há caminhos possíveis, reais e amorosos para tornar a amamentação mais confortável, prazerosa e conectada.
Neste artigo, vamos juntas desmistificar esse processo e trazer 7 dicas práticas e acolhedoras para uma amamentação sem dor, que respeita o seu corpo, o seu tempo e o seu bebê. Porque cuidar de você também faz parte do maternar.
Por que a amamentação dói? E por que isso não deveria ser “normal”?
A dor como sinal de alerta
Nos primeiros dias, um leve desconforto pode ser natural — seu corpo está se adaptando, seus seios estão mais sensíveis, e o bebê está aprendendo a mamar. Mas se a dor persiste, se o mamilo racha, sangra ou se você sente dor como uma fisgada, algo está errado.
A dor é um sinal do corpo pedindo ajuda. E ignorá-la, com a ideia de que “vai passar”, pode agravar a situação, causar traumas, desmame precoce ou um sentimento profundo de frustração.
Fatores mais comuns que causam dor ao amamentar
- Pega incorreta
- Frenectomia (freio curto na língua ou lábio do bebê)
- Ingurgitamento (seio muito cheio)
- Candidíase mamária
- Uso de bicos artificiais em excesso
- Fissuras e rachaduras não tratadas
- Posturas inadequadas durante a mamada
Identificar a causa é o primeiro passo para cuidar com verdade.
7 Dicas para uma Amamentação sem Dor
1. Observe (e ajuste) a pega do bebê
A pega correta é a base de tudo. Quando bem feita, a mamada não deve doer. Veja os sinais de uma boa pega:
- Boca bem aberta, cobrindo boa parte da aréola (e não só o mamilo)
- Lábios virados para fora (em forma de “peixinho”)
- Queixo encostando no seio
- Bochechas arredondadas durante a sucção
👉 Dica prática: segure seu bebê de frente para você, barriga com barriga. Use o nariz como referência: o bebê deve estar na altura do mamilo, não abaixo nem acima.
2. Cuide da sua postura (e do seu conforto)
Você não precisa se contorcer ou sentir dores nas costas para amamentar. Seu conforto importa tanto quanto o do bebê. Use travesseiros de apoio, amamente deitada se necessário, experimente posições como:
- Posição tradicional (sentada, com o bebê no colo)
- Posição deitada (lado a lado)
- Posição invertida (cabeça do bebê para os pés)
👉 Escute o seu corpo. Se está desconfortável, ajuste sem culpa.
3. Use a técnica do “selo” para tirar o bebê do peito
Se for necessário interromper a mamada, nunca puxe o bebê diretamente. Isso machuca e pode causar fissuras.
👉 Em vez disso, introduza o dedo mínimo no cantinho da boca do bebê, quebrando o vácuo da sucção suavemente. Isso evita lesões no mamilo e torna a transição mais delicada.
4. Trate as fissuras com cuidado e apoio
Se o seu mamilo rachou, o primeiro passo é corrigir a pega. Depois, ajude a cicatrização:
- Exponha os seios ao sol (antes das 10h ou após 16h)
- Passe o próprio leite no mamilo (ele tem ação cicatrizante e antibacteriana)
- Evite pomadas com corticoides ou antibióticos sem indicação médica
👉 Se a dor continuar forte, procure um banco de leite ou consultora de amamentação.
5. Fortaleça o vínculo (não só o seio)
Amamentar vai muito além do peito. É toque, olhar, cheiro, aconchego. E o bebê sente tudo isso. Quando há dor, a mãe se retrai — e o bebê percebe.
👉 Se a amamentação estiver difícil, mantenha o vínculo de outras formas: contato pele a pele, banho juntos, embalo com cantigas. Você é a fonte de segurança dele.
6. Cuide de você: se alimente, descanse e peça ajuda
É impossível oferecer cuidado se você está esgotada. E amamentar exige energia, emocional e física. Não negligencie sua saúde mental e emocional:
- Coma bem (hidratação e alimentação equilibrada são essenciais para produção de leite)
- Durma sempre que possível (a casa pode esperar)
- Aceite ajuda (delegue tarefas, se possível)
👉 Você não precisa ser forte o tempo todo. Ser cuidada é um direito, não um luxo.
7. Busque apoio especializado
A amamentação é um aprendizado. Para você e para o bebê. E contar com profissionais capacitados pode fazer toda a diferença.
- Consultoras de amamentação
- Grupos de apoio (presenciais ou online)
- Bancos de leite humano do SUS (atendimento gratuito)
👉 Amamentar com dor não é prova de amor. É sinal de que você merece suporte.

Amamentação sem dor é possível — e começa com informação e acolhimento
Quando a amamentação acontece com leveza, ela se transforma em um momento de conexão profunda, não de sofrimento.
E embora cada jornada seja única, existe uma certeza: você não está sozinha. Há caminhos, ajustes e acolhimento. Às vezes, tudo que uma mãe precisa é de informação certa e um abraço — ainda que virtual.
Conclusão
A dor na amamentação não deve ser normalizada. Com informação, apoio e pequenas mudanças, é possível transformar esse processo em algo mais leve, íntimo e prazeroso.
Você está fazendo o seu melhor. E se chegou até aqui, buscando caminhos com amor e coragem, já é motivo de orgulho. 💛
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